Um processo enrolado como de costume, véspera de carnaval e todos os planos aparentemente falharam. Essa coloco na conta do Phill. Juntamos nossa vontade de cair na estrada e seguimos o roteiro, o rascunho de um roteiro, em dupla. Como é fácil viajar em dois, e quando se descobre que esses dois dividem características que estranhamente se encaixam e se completam de maneira orgânica, um estado de fluxo é atingido.

Seis dias e cinco noites na Canastra, nenhum camping, olhos abertos para toda a beleza da região. De hora em hora nos sentíamos agraciados e com uma estranha sorte. Quando tudo conspira a favor e nada parece dar errado por dias consecutivos na estrada, nos encontramos em um estado de êxtase constante. É difícil tornar tangível essa sensação e você nunca sabe quando essa maré poderá passar.

Não passou! Percebíamos e recebíamos diariamente sinais interessantes de que estávamos em sintonia com o lugar e conosco mesmo. Acampamos em lugares mágicos, cercados por tempestade de raios e com apenas o céu estrelado sobre nossas cabeças. Erramos caminhos para acertar caminhos, dormimos em uma fazenda escondida por vales e estradas duras (Obrigado Dona Romilda), outras tantas histórias que devem ser contadas pessoalmente - meu poder de convencimento é bem maior!

Uma volta para São Paulo leve e sem esforço algum. Por fim percebo que banalmente amo o carnaval, me serve como desculpa perfeita; uma missão/ incentivo, batida em retirada, de encontro ao que vem se tornando um ritual, que devagar, me ajuda a conectar pontos - ora eles parecem distantes, ora próximos.

Obrigado Serra da Canastra e Phill Teston pelos good times inesquecíveis.
Suerte!